21/01/2010

Entrevista com Inácio José do Vale, doutor em Ciência Social da Religião



por Johnny T. Bernardo
do INPR Brasil


Inácio José do Vale é especialista em Ciência Social da Religião, professor de História da Igreja, pesquisador de religiões e seitas e conferencista. Nesta entrevista ele fala sobre o satanismo e o perigo que representa para a comunidade cristã ao redor do mundo. Segundo ele, o satanismo esta muito atuante nos cismas e heresias no cristianismo, nas religiões em suas guerras e conflitos, nos movimentos de liberação sexual, na Nova Era, nas literaturas de auto-ajuda, na teologia da prosperidade, nos filmes de terror, esoterismo e violência, na internet com toda sorte de imoralidade e alguns jogos eletrônicos, no evolucionismo e ateísmo. Vamos à entrevista.


INPR Brasil – A que comunidade católica o senhor pertence?

José do Vale – Católica Apostólica Romana.

INPR Brasil – Quando começou o seu interesse pelo estudo das seitas, e em especial do satanismo?

José do Vale – Foi por causa da minha tese de doutorado em História da Igreja, quando descobri muitas seitas e por trás delas a ideologia satânica.

INPR Brasil – O senhor considera o satanismo um inimigo em potencial ao cristianismo?

José do Vale - Com certeza. Satanás ofereceu o mundo para Cristo (Mateus 4) e oferece tudo aos poderosos para acabar com o glorioso cristianismo. As três poderosas armas de Satanás são o dinheiro, o poder e o sexo.

INPR Brasil – Qual é a relação entre o satanismo e a Nova Era?

José do Vale - A Nova Era é uma modalidade das coisas antigas do Diabo para fazer o povo se perder no mundo do engano, do pecado e do consumismo de tudo, através do relativismo, hedonismo, narcisismo, materialismo e espiritualismo.

INPR Brasil – O que são as granjas humanas?

José do Vale – Segundo Robin Ruiter é o local onde seres humanos são sacrificados ao Diabo. Em seu livro “O Anticristo – Poder oculto por trás da Nova Ordem Mundial” o autor nos esclarece o porquê de tantas pessoas desaparecerem todos os dias no mundo. Leia o livro.

INPR Brasil – Como a Igreja Católica tratou a questão do satanismo durante a Inquisição?

José do Vale – Condenando no sentido teológico e excomungando pelas Leis Canônicas.

INPR Brasil – Em sua recente obra, O Símbolo Perdido, Dan Brown revela que a Casa Branca foi comandada durante toda a sua história por adeptos do ocultismo. O senhor concorda?

José do Vale – Dan Brown fala que os EUA têm na sua fundação o conceito deísta e a maçonaria. É só ver a nota de um dólar e o Capitólio. A primeira igreja de Satanás surgiu nos Estados Unidos. Em todo lugar tem gente a serviço do satanismo.

INPR Brasil – Que palavras o senhor diria a um adepto do satanismo?

José do Vale – Que procure o mais rápido possível o Senhor Jesus Cristo, a Bíblia e um diretor espiritual para ser seu ajudador.


Nota: Para adquirir o livro: “O Anticristo – Poder oculto por trás da Nova Ordem Mundial” ligue para 0800 – 7730 456

Revisão de texto: Maria Suely Rodrigues


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18/12/2009

A verdade sobre o Papai Noel



Padroeiro da Rússia e da Grécia são Nicolau tem erigido em sua homenagem milhares de igrejas pela Europa. A generosidade a ele atribuída granjeou-lhe a reputação de milagreiro e distribuidor de presentes, identificado em vários países com a figura mítica do Papai Noel.

A existência de Nicolau de Bari, ou Nicolau de Mira, nunca foi comprovada por documentos, mas supõe-se que tenha sido bispo de Mira, na Anatólia, no século IV. Preso em Roma pelo imperador Diocleciano, implacável perseguidor dos cristãos, teria sido depois libertado por Constantino o Grande e participado do primeiro Concílio de Nicéia. Sepultados em Mira, seus restos foram roubados em 1087 e transladados a Bari, Itália. Aumentou então a devoção pelo santo em toda a Europa medieval e Bari transformou-se no mais procurado dos centros cristãos de peregrinação.

Depois da Reforma, com a Europa convertida ao protestantismo, o culto do santo arrefeceu. Sua lenda, no entanto, foi levada por colonos holandeses à América do Norte, onde uma bondosa figura de velho tomou o nome de Santa Claus. Festejado em 6 de dezembro, tem sua grande noite na véspera do Natal, quando premia com presentes as crianças.

A figura do Papai Noel passou por várias formas até chegar a que conhecemos atualmente. O velho gordo de barbas brancas, vestindo uma roupa vermelha em cima de um trenó é invenção recente. Em muitos países o nome Noel significa Natal. Infelizmente, cada vez mais a ideologia do comerciário papai Noel vai caindo na crendice popular e substituindo o verdadeiro e mais importante personagem da festa - Jesus Cristo.

Fonte: ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.


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14/12/2009

O filme Avatar e a Nova Era


por Johnny T. Bernardo
do INPR Brasil

O filme Avatar é a mais recente artimanha da Nova Era para a conquista das mentes ocidentais. Criado e dirigido pelo canadense James Cameron, a história do longa começa na Terra. Jake Sully (Sam Worthington) é um soldado que perdeu os movimentos da perna e não encontrou nada pelo o que valesse a pena lutar. Quando a oportunidade de trabalhar em exploração de minas no Planeta Pandora chega, ele aceita. Pandora é um local exuberante e hostil. O ar é venenoso para humanos. Plantas e criaturas são predadoras e perigosas. E os nativos, humanóides azuis com mais de três metros, os Návi, não ficaram satisfeitos com humanos e máquinas que lá aportaram.

Por que, então, ir para o local? Porque é lá onde pode ser encontrado um mineral que poderá mudar o jogo em relação à produção de energia.

Devido ao planeta ser um lugar tão adverso, exércitos tradicionais são insuficientes para protegerem as minas. Para isso, uma espécie de programa de clones nomeado AVATAR que combina o DNA de humanos e de Na'vi foi criado. O resultado é essencialmente o clone de um Na'vi que pode preservar a percepção de um humano. O irmão de Jake Sully foi o doador original e controlador de um desses avatares. Mas ele foi morto e a corporação responsável pelo projeto chama Jake para ir a Pandora pilotar o tal corpo, já que ele tem o DNA que combina. Em troca, ele poderá andar novamente.

A história avança alguns anos para quando Jake chega em Pandora. Ele encontra um lugar de beleza indescritível, onde as florestas são densas, com muitas cores e formas, e a flora e a fauna produzem luz à noite, criando um jardim dos sonhos. Enquanto Jake está trabalhando em uma mina, ele encontra Viper Wolf, um dos perigos de Pandora. Antes que ele seja atacado, uma flecha perfura a criatura. Ela foi atirada por uma Návi (Zöe Saldaña), que o ensina sobre os perigos do planeta.

Os Na'vi vivem em harmonia com os perigos de Pandora. Através de sua salvadora, Jake começa a ver as tentativas humanas no planeta em um novo ângulo e percebe que descobriu algo pelo que lutar. Mas se juntar aos Návi em uma batalha contra os humanos tem um preço terrível: ele não poderá ficar no interior de seu avatar para sempre. Quando o avatar dorme, Jake acorda em seu corpo e precisa usar uma interface para conectar sua consciência com o avatar. Se ele se unir aos Návi na guerra contra os humanos, ele perderá a opção de tornar a reunir com seu avatar, podendo ficar preso como um humano imóvel e sem a Návi que aprendeu a amar.

O que é Avatar?

A palavra Avatar (do sânscrito Avatarã) significa “aquele que descende de deus” ou “encarnação”. É qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra. Na coleção hindu dos vedas encontramos a seguinte definição para Avatar.

"Avatara, ou a encarnação da Divindade, descende do reinado de Deus pela criação e manutenção da manifestação em um corpo material. E essa forma singular da Personalidade da Divindade que então se apresenta é chamada de encarnação ou Avatara. Tais Personalidades estão situadas no mundo espiritual, o reinado de Deus. Quando Eles transcendem para a criação material, Eles assumem então o nome Avatara.” (Chaitanya-caritamrita 2.20.263 – 264)

A palavra Avatar se tornou popular entre os meios de comunicação e informática devido às figuras que são criadas à imagem e semelhança do usuário, permitindo sua "impersonalização" no interior das máquinas e telas de computador. Tal criação assemelha-se a um avatar por ser uma transcendência da imagem da pessoa, que ganha um corpo virtual. Segundo a Dra. Suzete Venturelli da Universidade de Brasília, a origem dos avatares começou em meados da década de 60, em laboratórios que realizavam pesquisas de cunho militar, com o desenvolvimento da geração computacional de imagens. Hoje, passados 30 anos, os sistemas de geração de imagens, a realidade virtual e os avatares desempenham papel fundamental em todas as áreas, da biologia genética ao desenho industrial, da geologia à arquitetura, da medicina à arte.

Avatar e Nova Era

A palavra avatar aparece com frequência nos escritos da Nova Era como uma forma de exaltação do Maytreia (anticristo). Há uma conspiração em nível mundial dirigida por instituições como Lucis Trust, Institute Esalen, Planetary Citizens e Fundação Cultural Avatar com o objetivo de divulgar os princípios da Nova Era e preparar o mundo para o governo do Anticristo. Por definição, a Nova Era é a transição da Era de Peixes (considerada pelos adeptos como uma era cristã) para a Era de Aquário, que é caracterizada pela unificação política, econômica, religiosa, social e cultural entre todas as pessoas do mundo, não importando quão diferentes sejam umas das outras. Os new agers, como são chamados os seguidores da doutrina, absorveram a ideia oriental de que a humanidade evolui de ciclo em ciclo e que ela sempre esta progredindo em direção a um objetivo pré-determinado – a Nova Era (New Age, em inglês), quando os homens “alcançarão” uma nova consciência, tendo “domínio” absoluto sobre as forças ocultas e desvendarão os segredos do ocultismo.


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02/12/2009

Entrevista com F. Fernandes, autor de Em Busca da Vera Cruz



por Johnny T. Bernardo
do INPR Brasil

F. Fernandes é Engenheiro Mecânico, especialista em Cavaleiros Templários e autor de Em Busca da Vera Cruz. Nesta entrevista o autor fala sobre o livro e assuntos relacionados às cruzadas católicas.


INPR Brasil - Você é católico?

F. Fernandes - Tecnicamente sim, pois fui batizado na Igreja Católica Apostólica Romana, mas não sou praticante.

INPR Brasil - Qual é o seu escritor preferido?

F. Fernandes - Não tenho um autor preferido, mas os autores que me inspiram são Umberto Eco, Ken Follet, Bernard Cornwell e Agatha Christie.

INPR Brasil - Como você se define?

F. Fernandes - Costumo dizer que sou um Engenheiro muito Humano. Sou formado em Engenharia Mecânica, mas sempre fui louco por história e por leitura. Acho que essas características contribuíram muito para que eu chegasse a escrever o livro Em Busca da Vera Cruz, a saga de um templário.

INPR Brasil - Quando começou o seu interesse pelos Templários?

F. Fernandes - Para ser preciso, foi em 1999. Naquela época eu era sócio do Círculo do Livro e certo dia eu vi que eles estavam vendendo o livro Templários: Os cavaleiros de Deus, de Edward Burman. Comprei e me encantei com a história desses cavaleiros e o mistério que sempre envolveu sua história. Daí então eu fui me embrenhando cada vez mais nos livros ligados aos Templários.

INPR Brasil - Do que trata o livro Em Busca da Vera Cruz?

F. Fernandes - É um romance que se passa em meio a Terceira Cruzada. A Terceira Cruzada acontece historicamente logo após a perda de Jerusalém para o sultão Saladino. Eu tenho como mote do romance a recuperação da Vera Cruz tomada pelos sarracenos na batalha de Hattin, fato também histórico. Todavia, eu aproveitei este mote para romancear uma aventura onde Elísio, um cavaleiro templário, juntamente com dois companheiros se aventuram pelos desertos da Palestina para recuperar a cruz para a cristandade. Neste ínterim acontecem muitas aventuras, inclusive o romance proibido de um templário com uma sarracena.

INPR Brasil - Quanto tempo você levou para escrever o livro?

F. Fernandes - Acho que comecei a escrever este livro há quase dez anos, desde o momento em que tomei contato com a história dos templários, mas resolvi começar o meu projeto de livro há cerca de três anos. Vamos considerar então que para escrever, pesquisar e lançar o livro foram três anos.

INPR Brasil - Você pretende escrever um novo livro sobre o assunto?

F. Fernandes - Certamente. Tenho uma ideia de fazer a continuação do livro Em Busca da Vera Cruz, a saga de um templário, mas quero primeiro ver os frutos desse projeto antes de continuar outro.

INPR Brasil - Como escritor e pesquisador de religiões, como você avalia a nova obra de Dan Brown, O Símbolo Perdido?

F. Fernandes - Li todos os livros de Dan Brown, mas ainda não tive a oportunidade de ler O Símbolo Perdido.

INPR Brasil - Alguns escritores se dizem insatisfeitos com sua capacidade literária, isso acontece com você?

F. Fernandes - Não sei se entendi bem a pergunta, mas vamos lá: No meu caso eu me considero satisfeito com a minha capacidade literária visto que eu não fui treinado para escrever. Não fiz nenhum curso ligado à literatura ou letras e sim me formei como Engenheiro. Acho que fui bastante autodidata e penso que o resultado final do livro me surpreendeu. Obviamente preciso melhorar muito, estudar cada vez mais a nossa língua que é tão rica e ao mesmo tempo complicada e observar mais a forma de escrever dos escritores mais reconhecidos.

INPR Brasil - Qual é a sua avaliação do mercado editorial brasileiro? O escritor nacional continua depreciado?

F. Fernandes - Não sei se o escritor nacional é depreciado. O que entendo é que o mercado editorial é muito competitivo e, com raríssimas exceções, as editoras buscam sempre editar os grandes medalhões do mercado, tanto nacional quanto internacional. Entendo os riscos que uma editora tem ao assumir o lançamento de um livro. Para um escritor que estiver iniciando sua carreira e quiser ver logo o seu livro no prelo a melhor opção são as editoras sob encomenda. O mais complicado desse processo é o marketing que fica sob a responsabilidade do autor. E aí é onde se faz a diferença. Quem conseguir aparecer na mídia tem uma maior chance de sucesso.

INPR Brasil - O que foram as Cruzadas?

F. Fernandes - A definição mais simples e direta que encontrei para as Cruzadas foi no site www.discoverynaescola.com. Lá as Cruzadas são definidas da seguinte forma:

Campanhas militares que tiveram lugar entre os séculos XI e XIII contra os muçulmanos para a reconquista da Terra Santa?

Em teoria, as Cruzadas foram instituídas para recuperar o Santo Sepulcro que estava nas mãos dos islâmicos que profanavam o lugar sagrado onde viveu Jesus. Na prática foi um movimento de fundo econômico-social. O sistema feudal na Europa estava em colapso e havia uma necessidade urgente de expansão das terras, que eram limitadas devido ao feudalismo. Assim os descendentes dos senhores feudais viram uma ótima oportunidade com a conquista do Oriente Médio, posto que, por acordo, os cruzados poderiam tomar posse das riquezas daqueles que eles combatiam.

Como eu escrevi em meu site www.embuscadaveracruz.com.br, as cruzadas foram menos românticas do que vemos nos filmes. Relatos informam que após a conquista de Jerusalém pelos Cruzados, em alguns pontos da cidade a quantidade de sangue nas ruas chegava até os tornozelos.

Segundo a tradição são consideradas nove Cruzadas sendo a primeira em 1096 e a última em 1272.

INPR Brasil - Qual foi a importância da Terceira Cruzada na composição de seu livro?

F. Fernandes - Foi fundamental. A Terceira Cruzada, ou Cruzada dos Reis, foi liderada pelos reis da Inglaterra Ricardo Coração-de-Leão (o mesmo das histórias de Robin Hood), pelo rei da França Felipe Augusto e pelo imperador do Império Romano-Germânico Frederico Barba Ruiva.

Esta cruzada foi organizada após a perda de Jerusalém para o sultão Saladino. Ele conseguira fazer o que muitos líderes islâmicos não haviam conseguido e reuniu um exército muito poderoso. Quase todas as cidades que estavam há mais de oitenta anos nas mãos dos cristãos (desde a conquista de Jerusalém em 1099 quando fora instituído o Reino Latino de Jerusalém) foram conquistadas. Nesse processo de conquista das cidades cristãs houve uma batalha decisiva para as pretensões dos cristãos: a batalha de Hattin. Depois de cometerem muitos erros os cristãos foram derrotados pelas tropas sarracenas e a Vera Cruz, que sempre liderava os exércitos cristãos nas batalhas (eles nunca tinham perdido uma batalha quando tinham na sua frente a Vera Cruz) forma capturada por Saladino. Esta é a deixa para o meu livro, que a partir de fatos reais foi romanceado.

INPR Brasil - Você acredita que os templários estiveram no Brasil?

F. Fernandes - Esta resposta você pode encontrar em meu livro. Não vou estragar a surpresa, não é?

INPR Brasil - Como você define o escritor português Pedro Silva?

F. Fernandes - Pedro Silva influenciou muito na formação de minha obra. Sempre quis escrever um personagem de origem lusitana para formar o meu personagem principal, mas a literatura sobre os Templários em Portugal é muito escassa. Depois de bastante pesquisar encontrei o livro Templários em Portugal: a verdadeira história, onde pude seguir passo a passo os caminhos dos Cavaleiros do Templo na terra de Camões. Pedro Silva é bastante direto e assertivo e como um bom historiador, passa as informações tecnicamente e sem deixar levar-se por paixões o ideias pré-concebidas.

INPR Brasil - Faça um resumo do livro Em Busca da Vera Cruz.

F. Fernandes - A Terceira Cruzada esta em pleno curso. A cidade de Acre acaba de ser conquistada pelas tropas de Ricardo Coração-de-Leão, rei da Inglaterra e de Felipe Augusto, rei da França. O rei da Inglaterra tenta negociar um acordo com Saladino, sultão da Palestina, promovendo a troca dos prisioneiros sarracenos pela Vera Cruz, relíquia que contém pedaços de madeira da cruz onde Jesus Cristo foi crucificado. O acordo é quebrado e o rei Ricardo manda decapitar todos os seus prisioneiros. Em represália, Saladino manda esconder a Vera Cruz. Em meio a esta disputa entra em cena o cavaleiro Templário Elísio de Lamego que com seus companheiros, o sargento Templário Edward de York e o sarraceno da seita dos Assassinos Yusuf ibn Rashid, é designado para recuperar a sagrada relíquia cristã.

Em sua jornada para a recuperação da relíquia, Elísio conhece a aventura, a traição, a disputa com a Ordem dos Hospitalários além de se apaixonar por uma sarracena e toda a missão poderá vir água abaixo.



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01/12/2009

As artimanhas do Reino


por Johnny T. Bernardo
do INPR Brasil
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Desde que iniciamos nossas atividades em 2005, temos dedicado boa parte de nosso tempo em conhecer e denunciar a forma de atuação das três principais seitas pseudocristãs em atividade no Ocidente: Testemunhas de Jeová, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mormonismo) e Adventista do Sétimo Dia. Elas representam o que chamamos de “Tripé Norteamericano”, porque sua origem e principal campo de atuação concentra-se nos Estados Unidos; todas as diretrizes e material evangelístico partem exclusivamente de lá. É o caso das Testemunhas de Jeová, cuja sede encontra-se no Brooklyn, Nova Iorque. Na matéria “Visita a uma Gráfica Impressionante”, publicada em 1º de Julho de 2009 na revista A Sentinela, a Organização faz uma breve apresentação de sua gráfica em Wallkill, Nova Iorque, nas seguintes palavras:

“Talvez não seja a primeira vez que vê esta revista. Pode ser que as Testemunhas de Jeová já tenham visitado você em sua casa e oferecido A Sentinela e Despertai! Para ajudá-lo a entender melhor a Bíblia. É possível também que você tenha visto as Testemunhas de Jeová oferecendo publicações bíblicas na rua ou no comércio. De fato, a tiragem mensal desta revista ultrapassa os 35 milhões, o que faz com que, entre as revistas do seu gênero, ela seja a mais amplamente publicada no mundo.

Já se perguntou onde e como todas essas publicações são produzidas? Para responder, vamos visitar uma das muitas gráficas que as Testemunhas de Jeová usam em vários países – a gráfica Wallkill, Nova Iorque, EUA (...).

Naturalmente, a impressão começa com a palavra escrita. O Departamento de Redação em Brooklyn, Nova York, envia o material que será impresso para o Departamento Pré-impressão, em formato eletrônico. Esses arquivos são usados para fazer chapas de impressão. Em Wallkill, todo mês, cerca de 1400 bobinas de papel chegam à gráfica, que usa de 80 a 100 toneladas de papel por dia. As bobinas – algumas com mais de 1.350 quilos – alimentam cinco rotativas offset, onde as chapas de impressão são montadas. O papel é impresso, cortado e dobrado em cadernos de 32 páginas. A revista que você esta lendo é um caderno (...)

Em 2008, essa gráfica produziu bem mais de 28 milhões de livros – mais de 2,6 milhões deles foram bíblias. No mesmo período, foram produzidas 243.317.564 revistas. A gráfica mantém também um estoque de publicações bíblicas como essas em cerca de 380 línguas. Depois que esse material é produzido, o que acontece?

A gráfica recebe pedidos de 12.754 congregações das Testemunhas de Jeová na parte continental dos Estados Unidos, e de 1.369 no Caribe e Havaí. O Departamento de Expedição embala todos os itens pedidos e providencia o transporte para os respectivos endereços. Todo ano, umas 14 mil toneladas de publicações são despachadas para as congregações nos Estados Unidos (...).

Mais de 300 trabalham nos departamentos da gráfica – Pré-impressão, Programação da Produção, Rotativas, Encadernação e Expedição. Os trabalhadores – todos eles voluntários não-assalariados – têm de 19 a 92 anos”.
[1]

A gráfica de Wallkill, Nova Iorque, é apenas uma das muitas mantidas pela organização das Testemunhas de Jeová no mundo. Ela é também um exemplo da força econômica e quase “militarizada” das testemunhas, que já totalizam quase oito milhões de adeptos espelhados ao redor do globo terrestre. Na sua teologia, fundem-se elementos que contrariam frontalmente alguns postulados básicos da fé cristã, como a divindade de Cristo, a divindade e personalidade do Espírito Santo, a vida após a morte, a condenação dos ímpios, a existência do espírito como elemento distinto do corpo, a vinda de Cristo etc.

A Sociedade Torre de Vigia

A Sociedade Torre de Vigia é a organização das Testemunhas de Jeová, cujo movimento foi fundado em 1884, por Charles Taze Russell. Há um órgão central, o Corpo Governante – também chamado de “escravo fiel e discreto” -, formado por cerca de dez pessoas, que exercem liderança espiritual sobre as TJ desde sua sede mundial, no bairro do Brooklin, em Nova Iorque (EUA). Há cerca de 100 filiais da Sociedade Torre de Vigia espalhadas pelo mundo. A brasileira fica no município de Cesário Lange (SP), num magnífico conjunto arquitetônico chamado Betel. Ali, numa grande fazenda com infraestrutura que lembra uma cidade, com residências, escritórios, gravadora, editora, gráfica e até museus, vivem e trabalham cerca de 950 pessoas – todas voluntárias -, que dedicam seu tempo às atividades da organização.

Às segundas-feiras, no fim da tarde, o trabalho é interrompido e toda a “família”, como se chamam os membros da Sociedade, reúne-se no Salão do Reino, ou templo, que existe dentro da propriedade, para estudar a Bíblia baseada em sua revista A Sentinela. A rotina é a mesma em todos os Salões do Reino espalhados pelo mundo. Há cânticos, orações e muito estudo das Escrituras, tudo sob a orientação dos anciões.

História

Charles Taze Russell nasceu em 16 de fevereiro de 1852, na pequena cidade de Allegherry, no Estado da Pensilvânia. Era o segundo filho de Joseph L. e Ann Eliza Russell, presbiterianos, de descendência escocesa-irlandesa. A mãe de Russell faleceu em 25 de janeiro de 1861, quando ele tinha apenas nove anos, mas, desde a tenra idade, Russell foi influenciado pelos seus pais que tinham fortes convicções religiosas.

Perturbado pela doutrina das penas eternas, tornou-se simpatizante da doutrina adventista, que abraçou posteriormente. Ele menciona duas pessoas, George Stetson e Georg Storrs, que contribuíram para suas concepções religiosas. Empenhando-se em contrariar ensinos que considerava “errôneos”, publicou, em 1873, com apenas 21 anos, um opúsculo intitulado “O Objetivo e a maneira da volta do Senhor”. Mais tarde, Russell conheceu a revista Arauto da Aurora, editada por Nelson H. Barbour. Num encontro pessoal, Borbour o convence da presença (em grego “pourasia”) invisível de Cristo, em outubro de 1874. Nessa época, em parceria com Borbour, escreveu o livro “Três Mundos” e a “Colheita deste Mundo”. Essa amizade, porém, durou pouco, pois logo se separaram, após uma acalorada discussão quanto a doutrina da expiação.

No decorrer do tempo, Russell escreveu cinco outros livros da série Aurora do Milênio. Russell dizia que seus escritos eram mais importantes do que a própria Bíblia: “Se os seis volumes de Estudos são praticamente a Bíblia, com prova textual fornecida, podemos, sem qualquer impropriedade chamar os volumes de a Bíblia em forma organizada. Isto é, não são meros comentários bíblicos, mas praticamente a própria Bíblia”. Para a preparação de seus discípulos, escreveu uma obra intitulada Estudos das Escrituras, sobre o qual o próprio Russell dizia que seria melhor que ela fosse lida do que lida a Bíblia sozinha. Contudo, mais tarde, ele mesmo chamou de “imaturos” alguns de seus escritos.

Russell vivia em frequentes choques com a autoridades e tribunais, dos quais nem sempre se saia bem. Censurou as igrejas e a seus líderes como porta-vozes do engano e como instrumentos do Diabo. Ele foi um homem de mau procedimento. Casou-se em 1873 com Maria Frances Ackley, que veio a falecer em agosto de 1938, vitima da doença de Hodgkin. Várias vezes Russell foi levado ao tribunal por ela, em faze dos mais tratos que sofria dele. Não podendo mais suportá-lo, abandonou-o em 1887. Em junho de 1903, a Sra. Russell deu entrada na corte de Apelações Comuns de Pittsburgh, um processo de separação legal. Russell viu-se muitas vezes em apuros com a justiça devido a escândalos financeiros. Ele foi acusado, por exemplo, de vender uma grande quantidade de trigo comum sob o nome de “trigo milagroso” a um preço exorbitante de 60 dólares saco.

Charles Taze Russell proferiu seu último discurso em Los Angeles, em 29 de outubro de 1916. Dois dias depois, no começo da tarde de terça-feira, 31 de outubro, Russell, aos 64 anos, faleceu num trem, em Pampa, Texas. Após os funerais no templo, em Nova Iorque, e no Carnegie Hall, em Pittsburgh, Russell foi enterrado em Allegherry, no terreno da família de Betel, a pedido dele. Uma breve biografia de Russell foi publicada na The Wath Tower de 1º de dezembro de 1916.


Joseph Franklin Rutherford

Com a morte de Russell, assume a presidência um ex-crente batista, o juiz Rutherford, que superou em muito seu antecessor. Logo no inicio da sua gestão, fundou a revista Despertai, com uma tiragem mensal de quase um milhão de exemplares. Em 1931 mudou o nome da organização para Testemunhas de Jeová, com base em Isaías 43.10. Na verdade, as Testemunhas de Jeová já haviam tido muitos nomes. Quando começou, em 1874, foi chamada de Aurora do Milênio. Depois mudou para Sociedade de Folhetos da Torre de Vigia. Mais tarde tornou-se conhecida como Associação do Púlpito do Povo, e depois Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia.
Rutherford esteve por vários meses na cadeia por causa de alegadas “atividades antiamericanas”, no início da Primeira Grande Guerra Mundial. Ele faleceu a 8 de janeiro de 1942, aos 72 anos de idade.

Nathan H. Knorr

Com a morte de J. F. Rutherford, Nathan H. Knorr é eleito presidente das Testemunhas de Jeová. Durante a sua gestão, a produção editorial e a divulgação do “Reino” ganharam grande impulso. Em 1943, fundou uma escola de instrução especial para missionários, a Escola Bíblica de Gileade. Os graduados dessa escola passaram, desde então, a serem enviados para mais de 140 países. Como consequência surgiram novas congregações em países onde não havia nenhuma. Knorr escreveu um ensaio intitulado “Testemunhas de Jeová dos Tempos Modernos”, com a afirmação: “Deus Jeová é o organizador de suas testemunhas sobre a terra”. Faleceu em 1977. Uma das últimas mudanças organizacionais que participou foi à ampliação do Corpo Governante. Em 1976, as responsabilidades administrativas foram divididas e designadas a diversas comissões, compostas de membros do Corpo Governante.

Organização

A direção geral vem de sua sede em Nova Iorque. Anualmente, o Corpo Governante envia representantes a 15 ou mais zonas em todo o mundo, para conferenciar com representantes de filiais em cada zona. Em cada filial há uma comissão de três a sete membros, que supervisionam a obra nos países sob sua jurisdição. Muitas das filiais têm gráficas, algumas com rotativas de alta velocidade. O país ou região servida por toda filial ou congênere é dividida em distritos, e os distritos, por sua vez, em circuitos. Cada circuito compõe-se de 20 congregações. Um superintendente de distrito visita os circuitos em seu distrito, em rodízio. Há também um superintendente de circuito, e este visita cada congregação duas vezes ao ano, ajudando as testemunhas a organizar e fazer a pregação no território designada a sua respectiva congregação.

Como funciona a congregação local

A congregação local, com seu Salão do Reino, é o centro de atuação das testemunhas de Jeová. As regiões que cabem a cada congregação são divididas em pequenos territórios divididos em mapas. Estes são designados a testemunhas individuais, que se empenham em visitar e falar com as pessoas de casa em casa. É quase que um lema entre eles não retornar onde outrora encontraram algum tipo de resistência, seja quando são postos a descrédito, ou quando sofrem algum tipo de agressão verbal. Aí a regra a seguir é marcar o número da casa onde não foram bem recebidos, ficando fora de seu roteiro semanal de trabalho. No entanto, o mesmo não acontece quando encontram algum tipo de aceitação. Aí a regra a seguir é investir ao máximo possível para levar o indivíduo a participar de uma de suas reuniões.

A maioria das congregações das testemunhas de Jeová realiza reuniões três vezes por semana. As reuniões são iniciadas e encerradas com orações, que muitas vezes não passam de mais de um minuto. As reuniões são realizadas no Salão do Reino. Este costuma ser um prédio simples, construído por donativos das testemunhas. Cada congregação, composta por cerca de 200 testemunhas de Jeová, conta com anciões designados para cuidar de diversos deveres. Esses são auxiliados por servos ministeriais. O proclamador individual é a pessoa vital na organização das testemunhas de Jeová. Cada testemunha, quer sirva na sua sede mundial, quer nas filiais, quer nas congregações, participa nesta atividade de campo, como agente principal no trabalho de falar pessoalmente a outros sobre o “Reino de Deus”. Cada testemunha tem uma carga horária mensal a cumprir.

· Pioneiro auxiliar – deve dedicar 50 horas mensais, num total de 600 horas ao ano;
·
Pioneiro regular – dedica 70 horas mensais, sendo quase 840 horas ao ano;
· Pioneiro de tempo integral – dedica boa parte de seu tempo no trabalho de campo, sendo responsável por 14 estudos domiciliares. A jornada é ainda maior para aqueles que trabalham como voluntários em suas gráficas.

Estatísticas mundiais

As estatísticas recolhidas durante o que as testemunhas de Jeová designam por Relatório Mundial do Ano de Serviço, ou seja, num período de doze meses de setembro a agosto, foram publicadas no Anuário das Testemunhas de Jeová de 2008. Segundo o relatório, as testemunhas de Jeová tiveram um crescimento de 7.133.760 publicadores ao redor do globo, em 236 países ou regiões autônomas. Esse número representa um aumento de 2,1% sobre o total de publicadores indicados no Ano de Serviço de 2007. A mesma fonte informa que 17.790.631 pessoas estiveram presentes na Comemoração da morte de Cristo. Este relatório, com dados atuais e dos anos anteriores, de cada um dos países onde atuam, esta disponível on-line, em inglês, no seu web site.

A Escola do Ministério Teocrático

A Escola do ministério teocrático é a base fundamental de todo o aprendizado nos salões do reino. O objetivo principal é instruir para o trabalho ministerial. Em cada país, o programa de ensino é elaborado pelo escritório da Sociedade Torre de Vigia. O programa depende, naturalmente, das publicações disponíveis na língua ou nas línguas do país. Em cada congregação se designa um superintendente para a direção da escola. A base de toda a orientação do ministério teocrático se baseia no estudo da revista A Sentinela, principal locomotiva da organização. Também é recomendado que cada família se dedique ao estudo diário das publicações do Reino.

Recursos de oratória

Em um certo sentido, a escola do ministério teocrático bem parece com a nossa estimada Homilética. Lá, seu uso é praticamente obrigatório. A maneira como nos dirigimos às pessoas, a gramática, os gestos, e a maneira como impomos nossa voz é, para eles, de fundamental importância no trabalho de convencer às pessoas. São usadas técnicas semelhantes às usadas em sessões de hipnose. Além de umas poucas instruções encontradas no Manual do Ministério Teocrático, o livro “Raciocínio à Base das Escrituras” tem sido o seu principal manual de evangelismo. Há instruções quanto ao uso da voz, sua tonalidade, aplicação, a necessidade de se repetir idéias centrais, os gestos, o não uso de linguagens informais etc. “O instrutor hábil das boas novas pode também transmitir conhecimento à mente dos ouvintes. Em pouco tempo, o estudante ou ouvinte é capaz à repetir e explicar ele mesmo o ensino. Compreende-o e fica-lhe gravado na mente (...) A mente precisa absorver e assimilar informações. Ela é a sede do intelecto, o centro de processamento do conhecimento. Ela reúne informações e, pelo processo do raciocínio e da lógica, chega a certas conclusões”.
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Literatura

As testemunhas de Jeová procuram empenhar-se na divulgação mundial das suas crenças através de vários meios e, em especial, através da página impressa. Nas suas convenções anuais, são apresentados à comunidade novos livros, brochuras e outros artigos para divulgação doutrinária. Apesar de estarem presentes na Internet, não possuem quaisquer emissoras de rádios ou TV. No entanto, foram pioneiras no uso do cinema sincronizado com som e fizeram vasto uso de emissoras de rádio. Por volta de 1933, a Sociedade Torre de Vigia mantinha programas em 403 emissoras de rádio para transmitir conferências bíblicas. Mais tarde, o uso do rádio foi em geral substituído pela atividade incrementada de visitas de casa em casa por parte das testemunhas de Jeová, que usavam fonógrafos portáteis e discos com discursos bíblicos gravados. Iniciava-se estudos domiciliares onde havia interesse.

Hoje possuem um dos maiores parques gráficos do mundo, com capacidade para imprimir centenas de milhões de exemplares de publicações a cada ano, sendo que algumas de suas edições estão entre as mais distribuídas mundialmente. Apenas nos últimos 30 anos do século passado, imprimiram-se mais de vinte bilhões de livros, folhetos, brochuras e revistas. Os títulos publicados sã traduzidos individualmente em dezenas ou mesmo centenas de idiomas e apresentados em versões diferentes, tal como edições com caracteres de grandes dimensões ou em braile para os que possuem deficiências visuais, DVD’s com língua de sinais, gravações áudio cassete e MP3.

Eles também possuem intensa atividade na área de revistas. A Sentinela, sendo a principal revista para estudo bíblico aos membros da fé, tem uma média de 37 milhões de exemplares impressos quinzenalmente, dando-lhe a maior circulação de qualquer revista religiosa do mundo. É publicada em 174 línguas. Todas as suas edições são traduzidas e impressas para a liberação simultânea. Publicada em 82 línguas, a revista Despertai é de interesse geral como uma revista de noticias, com um cunho religioso e tem uma média de 36 milhões de revistas impressas mensalmente. Como a Sentinela, também é traduzida e publicada para a liberação simultânea.
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Além das revistas Sentinela e Despertai, são usadas outras literaturas no trabalho de campo. Essas literaturas devem se adequar ao tempo e local em que são utilizadas. Cada literatura é produzida com a finalidade de alcançar um tipo especifico da sociedade.

“De vez em quando, o escravo fiel providência instrumentos destinados a um público específico ou limitado. Por exemplo, que dizer de pessoas que talvez precisem de ajuda especial por causa da sua formação cultural ou religiosa? Como podemos ajudá-la a aprender os requisitos de Deus ?” [3]

De 1946 a 1968 usou-se o livro Seja Deus Verdadeiro como um instrumento na educação interna da organização, e publicaram-se mais de 19 milhões de exemplares em 54 línguas. Lançado em 1968, o livro A Verdade que Conduz à Vida Eterna, por muitos anos, foi usado como principal manual de instrução religiosa. Em 1982 (em português, em 1983), o livro Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra tornou-se o principal livro para dirigir estudos bíblicos. Atualmente o material mais usado é uma brochura, uma revista intitulada “O Que Deus requer de nós?”. Ela foi lançada pela Sociedade Torre de Vigia nos congressos de distrito “Mensageiros da Paz Divina”, de 1996/97. Esta brochura, toda colorida, de 32 páginas, foi elaborada como ajuda para o estudo de suas doutrinas. A fraseologia é simples e concisa. Desde então, boa parte dos estudos domiciliares tem sido baseados nesta brochura.

As testemunhas de Jeová usam extensivamente o programa de estudo bíblico domiciliar baseado em um livro intitulado O Que a Bíblia Realmente Ensina? Ao longo de 193 páginas, o livro aborda as doutrinas defendidas pelas testemunhas de Jeová. Mais de 99 milhões de exemplares foram produzidos em 189 línguas desde que o livro foi lançado em 2003.
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Além disso, a Sociedade Torre de Vigia tem produzido enciclopédias como o Estudo Perspicaz das Escrituras. Lançam ainda documentários e filmes sobre diversos temas, discos com temas apenas musicais ou cantados, CD – ROM’s com a Bíblia e o conteúdo eletrônico da maioria das suas publicações dos últimos 35 anos. Até setembro de 2008, o número total de publicações das testemunhas de Jeová que são editadas alcança a faixa de 475 idiomas.

O trabalho na Internet

As testemunhas de Jeová mantêm a página http://www.watchower.or/ como principal web site oficial. A partir de janeiro de 2009, este inclui informação “educativa” publicada em 376 línguas, como o português, inglês, chinês, francês, bengali e Twi, bem como vídeos em língua de sinais americana, língua brasileira de sinais, colombiana etc. O site disponibiliza ainda os endereços postais de 115 filiais em todo o mundo. A Sociedade Torre de Vigia produziu 21 documentários em vídeos sobre uma variedade de temas históricos e bíblicos, em 78 línguas. A Bíblia completa está disponível no formato MP3 em português e em um grande número de idiomas. Além disso, outros livros, brochuras, e artigos recentes das revistas A Sentinela e Despertai também estão disponíveis em formato MP3 ou disco completo. No inicio da década de 80, uma equipe de vários países desenvolveram o MEPS ou Sistema eletrônico de fotocomposição multilingue que atualmente tem a capacidade de traduzir matérias em 644 idiomas, utilizando 29 alfabetos e conjunto de caracteres. Atualmente 2400 voluntários ajudam com a tradução.


Referências Bibliográficas

1. A Sentinela, 1º de julho de 2009, pp. 15-16
2. Raciocínio à Base das Escrituras, p. 22
3. Mensageiro da Paz – Quem São? 15 de janeiro de 1997, p. 9

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23/11/2009

Entrevista com F. Fernandes, autor de Em Busca da Vera Cruz


por Johnny T. Bernardo
do INPR Brasil

F. Fernandes é Engenheiro Mecânico, especialista em Cavaleiros Templários e autor de Em Busca da Vera Cruz. Nesta entrevista o autor fala sobre o livro e assuntos relacionados às cruzadas católicas.

INPR Brasil - Você é católico?

F. Fernandes - Tecnicamente sim, pois fui batizado na Igreja Católica Apostólica Romana, mas não sou praticante.

INPR Brasil - Qual é o seu escritor preferido?

F. Fernandes - Não tenho um autor preferido, mas os autores que me inspiram são Umberto Eco, Ken Follet, Bernard Cornwell e Agatha Christie.

INPR Brasil - Como você se define?

F. Fernandes - Costumo dizer que sou um Engenheiro muito Humano. Sou formado em Engenharia Mecânica, mas sempre fui louco por história e por leitura. Acho que essas características contribuíram muito para que eu chegasse a escrever o livro Em Busca da Vera Cruz, a saga de um templário.

INPR Brasil - Quando começou o seu interesse pelos Templários?

F. Fernandes - Para ser preciso, foi em 1999. Naquela época eu era sócio do Círculo do Livro e certo dia eu vi que eles estavam vendendo o livro Templários: Os cavaleiros de Deus, de Edward Burman. Comprei e me encantei com a história desses cavaleiros e o mistério que sempre envolveu sua história. Daí então eu fui me embrenhando cada vez mais nos livros ligados aos Templários.

INPR Brasil - Do que trata o livro Em Busca da Vera Cruz?

F. Fernandes - É um romance que se passa em meio a Terceira Cruzada. A Terceira Cruzada acontece historicamente logo após a perda de Jerusalém para o sultão Saladino. Eu tenho como mote do romance a recuperação da Vera Cruz tomada pelos sarracenos na batalha de Hattin, fato também histórico. Todavia, eu aproveitei este mote para romancear uma aventura onde Elísio, um cavaleiro templário, juntamente com dois companheiros se aventuram pelos desertos da Palestina para recuperar a cruz para a cristandade. Neste ínterim acontecem muitas aventuras, inclusive o romance proibido de um templário com uma sarracena.

INPR Brasil - Quanto tempo você levou para escrever o livro?

F. Fernandes - Acho que comecei a escrever este livro há quase dez anos, desde o momento em que tomei contato com a história dos templários, mas resolvi começar o meu projeto de livro há cerca de três anos. Vamos considerar então que para escrever, pesquisar e lançar o livro foram três anos.

INPR Brasil - Você pretende escrever um novo livro sobre o assunto?

F. Fernandes - Certamente. Tenho uma ideia de fazer a continuação do livro Em Busca da Vera Cruz, a saga de um templário, mas quero primeiro ver os frutos desse projeto antes de continuar outro.

INPR Brasil - Como escritor e pesquisador de religiões, como você avalia a nova obra de Dan Brown, O Símbolo Perdido?

F. Fernandes - Li todos os livros de Dan Brown, mas ainda não tive a oportunidade de ler O Símbolo Perdido.

INPR Brasil - Alguns escritores se dizem insatisfeitos com sua capacidade literária, isso acontece com você?

F. Fernandes - Não sei se entendi bem a pergunta, mas vamos lá: No meu caso eu me considero satisfeito com a minha capacidade literária visto que eu não fui treinado para escrever. Não fiz nenhum curso ligado à literatura ou letras e sim me formei como Engenheiro. Acho que fui bastante autodidata e penso que o resultado final do livro me surpreendeu. Obviamente preciso melhorar muito, estudar cada vez mais a nossa língua que é tão rica e ao mesmo tempo complicada e observar mais a forma de escrever dos escritores mais reconhecidos.

INPR Brasil - Qual é a sua avaliação do mercado editorial brasileiro? O escritor nacional continua depreciado?

F. Fernandes - Não sei se o escritor nacional é depreciado. O que entendo é que o mercado editorial é muito competitivo e, com raríssimas exceções, as editoras buscam sempre editar os grandes medalhões do mercado, tanto nacional quanto internacional. Entendo os riscos que uma editora tem ao assumir o lançamento de um livro. Para um escritor que estiver iniciando sua carreira e quiser ver logo o seu livro no prelo a melhor opção são as editoras sob encomenda. O mais complicado desse processo é o marketing que fica sob a responsabilidade do autor. E aí é onde se faz a diferença. Quem conseguir aparecer na mídia tem uma maior chance de sucesso.

INPR Brasil - O que foram as Cruzadas?

F. Fernandes - A definição mais simples e direta que encontrei para as Cruzadas foi no site www.discoverynaescola.com. Lá as Cruzadas são definidas da seguinte forma:

Campanhas militares que tiveram lugar entre os séculos XI e XIII contra os muçulmanos para a reconquista da Terra Santa?

Em teoria, as Cruzadas foram instituídas para recuperar o Santo Sepulcro que estava nas mãos dos islâmicos que profanavam o lugar sagrado onde viveu Jesus. Na prática foi um movimento de fundo econômico-social. O sistema feudal na Europa estava em colapso e havia uma necessidade urgente de expansão das terras, que eram limitadas devido ao feudalismo. Assim os descendentes dos senhores feudais viram uma ótima oportunidade com a conquista do Oriente Médio, posto que, por acordo, os cruzados poderiam tomar posse das riquezas daqueles que eles combatiam.

Como eu escrevi em meu site www.embuscadaveracruz.com.br, as cruzadas foram menos românticas do que vemos nos filmes. Relatos informam que após a conquista de Jerusalém pelos Cruzados, em alguns pontos da cidade a quantidade de sangue nas ruas chegava até os tornozelos.

Segundo a tradição são consideradas nove Cruzadas sendo a primeira em 1096 e a última em 1272.

INPR Brasil - Qual foi a importância da Terceira Cruzada na composição de seu livro?

F. Fernandes - Foi fundamental. A Terceira Cruzada, ou Cruzada dos Reis, foi liderada pelos reis da Inglaterra Ricardo Coração-de-Leão (o mesmo das histórias de Robin Hood), pelo rei da França Felipe Augusto e pelo imperador do Império Romano-Germânico Frederico Barba Ruiva.

Esta cruzada foi organizada após a perda de Jerusalém para o sultão Saladino. Ele conseguira fazer o que muitos líderes islâmicos não haviam conseguido e reuniu um exército muito poderoso. Quase todas as cidades que estavam há mais de oitenta anos nas mãos dos cristãos (desde a conquista de Jerusalém em 1099 quando fora instituído o Reino Latino de Jerusalém) foram conquistadas. Nesse processo de conquista das cidades cristãs houve uma batalha decisiva para as pretensões dos cristãos: a batalha de Hattin. Depois de cometerem muitos erros os cristãos foram derrotados pelas tropas sarracenas e a Vera Cruz, que sempre liderava os exércitos cristãos nas batalhas (eles nunca tinham perdido uma batalha quando tinham na sua frente a Vera Cruz) forma capturada por Saladino. Esta é a deixa para o meu livro, que a partir de fatos reais foi romanceado.

INPR Brasil - Você acredita que os templários estiveram no Brasil?

F. Fernandes - Esta resposta você pode encontrar em meu livro. Não vou estragar a surpresa, não é?

INPR Brasil - Como você define o escritor português Pedro Silva?

F. Fernandes - Pedro Silva influenciou muito na formação de minha obra. Sempre quis escrever um personagem de origem lusitana para formar o meu personagem principal, mas a literatura sobre os Templários em Portugal é muito escassa. Depois de bastante pesquisar encontrei o livro Templários em Portugal: a verdadeira história, onde pude seguir passo a passo os caminhos dos Cavaleiros do Templo na terra de Camões. Pedro Silva é bastante direto e assertivo e como um bom historiador, passa as informações tecnicamente e sem deixar levar-se por paixões o ideias pré-concebidas.

INPR Brasil - Faça um resumo do livro Em Busca da Vera Cruz.

F. Fernandes - A Terceira Cruzada esta em pleno curso. A cidade de Acre acaba de ser conquistada pelas tropas de Ricardo Coração-de-Leão, rei da Inglaterra e de Felipe Augusto, rei da França. O rei da Inglaterra tenta negociar um acordo com Saladino, sultão da Palestina, promovendo a troca dos prisioneiros sarracenos pela Vera Cruz, relíquia que contém pedaços de madeira da cruz onde Jesus Cristo foi crucificado. O acordo é quebrado e o rei Ricardo manda decapitar todos os seus prisioneiros. Em represália, Saladino manda esconder a Vera Cruz. Em meio a esta disputa entra em cena o cavaleiro Templário Elísio de Lamego que com seus companheiros, o sargento Templário Edward de York e o sarraceno da seita dos Assassinos Yusuf ibn Rashid, é designado para recuperar a sagrada relíquia cristã.

Em sua jornada para a recuperação da relíquia, Elísio conhece a aventura, a traição, a disputa com a Ordem dos Hospitalários além de se apaixonar por uma sarracena e toda a missão poderá vir água abaixo.


Artigo revisado de acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa

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